Tarde em cheio
Certo dia o boneco de neve Samuel estava em casa quando ouviu um grande estrondo e um assobio. Como era corajoso, foi ver o que se estava a passar e, quando abriu a porta, deparou-se com uma enorme tempestade. Para não se constipar, porque também fazia muito frio, pôs as luvas, um gorro vestiu uma samarra e aconchegou o pescoço com um cachecol todo janota. O assobio que ouvira, começou a ficar mais forte e o Samuel quase nem se segurava em pé. Ganhou coragem e perguntou:
- Está aí alguém?
- Sim. - respondeu o estranho assobio.
- Quem és tu? – perguntou de novo o Samuel.
- Eu sou o vento. – respondeu este com uma voz rouca.
Samuel, como nunca tinha ouvido falar do vento, achou um pouco estranho e perguntou:
- Diz-me, por favor, o que é o vento?
- Olha, o vento é o ar que se agita e até pode chegar aos 234Km à hora. – esclareceu o vento.
Samuel gostou do que ouviu e fez mais perguntas. As respostas foram todas tão inteligentes que nem deu pelo tempo passar. Nisto o céu ficou coberto com nuvens bem cinzentas e, de repente, começaram a cair pingas de chuva naquele bonito gorro que lhe tinham oferecido pelo Natal. Samuel não queria despedir-se do vento, mas a chuva começava a cair com mais força e convidou-o a entrar.
- Não posso. Tenho de ir andando. Um dia destes continuamos a nossa conversa. Adeus!
Gonçalo Teixeira
Muito bem Gonçalo!
ResponderEliminarO teu texto está muito engraçado. É preciso ter muita imaginação para escrever assim, parabéns!
Já agora, alguém nos sabe dizer por onde anda aquela senhora D. Liliana?! Não a temos visto por cá!
Gonçalo, que lindo o teu texto. Parabéns!
ResponderEliminarAcredito que a escolha tenha sido difícil. Mas só um podia ser o eleito, para a semana há mais...
Beijinhos aconchegados!
(Caros "Papás e Filhotes" A D. Liliana tem andado um bocadinho ocupada, mas está de volta.
Eu não estava preocupada porque sei que, se eu não vier cá, vocês vêm e estes meninos têm sempre alguém para ler os seus trabalhos.)